segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sim, contente, mas...



É fácil ficarmos alegres por um político mau ter saído de cena. Iludo-me muito pouco com isto, nem chego a sentir-me feliz, apesar de já não aguentar mais do que dois minutos a fala arrastada do ex. ministro.
 
É que ao meu lado também há maus políticos, pessoas como nós, que trabalham ao nosso lado, vizinhos que moram no nosso prédio, elementos da família que nos faltam. Diabolizamos os políticos porque eles não são de facto os melhores de nós e porque nos faz bem poder diabolizar alguém. Porém, com olhos bem claros e abertos, veremos que o mundo não é assim tão simples, por todo o lado o poder se conjuga facilmente com incompetência, inveja, arrogância. O mal tem de facto uma banalidade surpreendente. O bem que não se conota com o que é beato nem existe a coberto de uma causa missionária é mesmo uma raridade.
 
Apesar de tudo e como as coisas não correm pelo melhor com tudo o que tento inventar de novo, dois colegas enviaram-me um abraço para me animar. Outro enviou-me um mail agressivo porque a direcção da escola pediu que indicássemos se fizemos ou não greve e eu enviei a resposta para todos os colegas- diz que não tem nada a ver com a minha greve. Compreendo-o mas não tenho nada a ver com a indisposição dele. A influência do ministro sobre o meu mundo traduz-se num revoltante corte de dinheiro no meu ordenado, mas a influencia dos amigos, dos colegas, da família é incomparavelmente maior. Mora no micro mundo a razão da nossa vida.
 
~CC~
 
 

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