segunda-feira, 7 de julho de 2014

Dias tão lentos, dias tão velozes



Ontem o Domingo foi tão grande e com tantas estações do ano. De manhã a chuva dificultou os teus trabalhos no jardim da nossa amiga que nos deixa deambular pelo Alentejo. Caminhei pela chuva de verão com alguma tristeza de ver que não iria à praia. À tarde já estava sol e consegui deitar-me na areia e serenar, totalmente em paz com o mundo. Ouvir as ondas do mar, olhar os desenhos das falésias, ter-te assim a meu lado, faz com que o mundo me pareça um lugar melhor. 

E acordar segunda noutro lugar é muito bom, mesmo que venha a correr para trabalhar, ansiosa porque tenho trabalho de tarde e à noite. Acordei no Alentejo hoje e terminei a noite no Barreiro, acordei no silêncio e terminei a noite ruidosamente, entre 50 jovens dos 15 aos 18 anos. Pediram-nos que fizéssemos uma noite de quebra gelo mas sabíamos que há muito o gelo estaria quebrado e programámos antes desafio, incentivo à criatividade. Os jovens são sempre surpreendidos por estas propostas, primeiro ainda tentam esparvoar mas depois rendem-se e mostram as suas enormes capacidades, a criatividade é como um novelo, parece ser pequeno mas depois de desatado há fio e mais fio. Contudo, raramente é desatado, a escola prefere enchê-los de coisas como se fossem recipientes.

Eu era claramente a pessoa mais velha da sala mas senti-me confortável, bem com a minha pele. 

~CC~

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